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Author name: RosaMendes

Memórias que não se repetem

Já tentaram voltar a um lugar onde aconteceu algo especial na vossa vida, um lugar que vos tenha marcado que vos tenha tocado o coração…

E depois que lá chegam nada parece igual, nada sentes igual, por que o lugar é o mesmo, mas tu já não, então não consegues sentir o que sentiste ou viveste no passado

Lembro-me bem de o meu paizinho contar que na aldeia onde nasceu, tinha um largo muito grande, no centro da aldeia, ele saiu de lá pequenino e cresceu noutra zona muito distante.

Um dia mais tarde já casado e com a minha irmã, eu ainda não existia, voltou a aldeia onde nasceu e o tal largo grande era pequeno e sem graça.

A perspetiva de uma criança e de um homem adulto são completamente diferentes, diz que não sentiu nada pelo lugar e que se quis vir embora, mesmo tendo demorado muito para la chegar.

Tentar repetir momentos vividos é estranho, voltarmos a sítios onde vivemos momentos especiais e esperar sentir tudo de novo, não vai acontecer, porque nós ao longo da vida vamos mudando, vamos evoluindo, e lugar é apenas isso mesmo. Um Lugar.

O que nos faz relembrar o momento não é o sitio em si mas o que sentimos naquele sitio, o que experienciámos e isso fica guardado em nós, mas não é como uma cassete que se rebobina e voltamos a sentir…

O melhor mesmo é aproveitar todos esses momento únicos e vivê-los de forma intensa, vibrante, e verdadeira para que vivam em nós como boas memórias…

Cada dia que vivemos, cada sorriso que partilhamos, cada abraço que damos são únicos e por isso ha que os aproveitar o hoje e o agora…

Criar memórias boas com as pessoas que amamos, é delicioso. Quer seja uma viagem internacional, ou o simples deitar na caminha a ler uma historia a olhar para um filho adormecer ao som da nossa voz.

E por ai já tentaram voltar a algum sito marcante na vossa vida? o que sentiram?

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Saudades que doem

Dizem que o tempo passa a voar, mas não é bem assim… só passa para as coisas boas, para as menos boas ou até más demora muito a passar e não há tempo que cure certas feridas.

Faz hoje 15 anos que o meu paizinho partiu, e a dor que sinto no peito é a mesma, as saudades são muitas e a tristeza invade o coração, não que não pense nele nos outros 364 dias do ano, mas hoje em particular dói mais, dói demais.

Não é por ser meu pai, mas sempre foi uma pessoa muito especial e que sempre admirei muito, com todos os seus defeitos e imperfeiçoes ensinou-me tanto, deu-me tanto, deu-se tanto a nós, às meninas dele.

O meu pai sempre foi dedicado a família, adorava um bom convívio com os seus amigos, mas fazia de tudo para nos ver felizes.

Sempre nos apoiou nas nossas decisões e festejou todas as nossas conquistas, acima de tudo esteve sempre lá nas nossas derrotas ou percalços da vida.

Para mim era pai, para muitos era Pai Zé, para os irmãos era o Zezito, para os amigos o Mendes e chegou a ser o Avô para os meus sobrinhos…

Sempre de sorriso no rosto, sempre bem disposto… partiste cedo demais, fazes ainda tanta falta meu querido pai.

Único, lutador, simpático, humilde, amigo do seu amigo, organizado, correto, disciplinado, de sorriso no rosto, mas também muito teimoso.

A doença levou-te para longe de nós mas vives nos nossos corações…hoje e sempre

Amo-te PAI

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