logotipo - sou mãe e então?

Author name: RosaMendes

O que permanece

O que permanece nas nossas vidas,

Não são as viagens de luxo. Mas viagens em família, em que existiram peripécias, um furo, uma avaria e todos tiveram de ajudar

O que permanece nas nossas vidas,

Não é a cama gigante com roupas de seda e um kit de almofadas onde não se partilha os sorrisos. Mas o quarto partilhado onde se sussurrava baixinho conversas tardias para não serem ouvidas, e onde uma gargalhada sempre escapava.

O que permanece nas nossa vidas,

Não são os “gostos” que uma foto perfeita ganha, tirada com o telenovela perfeito no momento exato. Mas a foto mesmo que desfocada daquele momento único super mega feliz, que por tanto estarmos a rir, a mão tremeu.

O que permanece nas nossa vidas,

Não são as declarações de amor feitas em publico com plateia para os outros aplaudirem, mas a sms para alguém especial fora de horas na esperança de uma resposta.

O que permanece nas nossa vidas,

Não é voar de helicóptero. Mas ir ao parque e andar de baloiço ao lado de quem amamos…e assim voarmos…

O que permanece nas nossa vidas,

Não é a quantidade de pessoas com quem estiveste. Mas aqueles momentos em que sonhaste sonhos partilhados com alguém realmente especial

O que permanece nas nossa vidas,

Não são os carros que tivemos ou conduzimos, mas aqueles momentos em que desces a rua de skate agarrado á bicicleta do amigo.

O que permanece nas nossa vidas,

Não são os pratos cozinhados pelo chef com estrela michelim , mas um almoço de domingo em casa dos pais com “todos” á mesa.

O que permanece nas nossa vidas,

Não interessa correr 20 km numa passadeira num ginásio. Mas quando vemos os nossos grandes amores darem os primeiros passos.

O que permanece nas nossa vidas,

Não são os milhares de beijos ofegantes. Mas é o beijo na testa antes dos nossos olhos acordarem da noite de sono que ficam na nossa memoria.

O que permanece nas nossa vidas,

Não é o guarda roupa com roupa nova e de marca, mas aquela camisa dada pela aquela pessoa que já partiu.

O que permanece nas nossa vidas,

Não são os passeios pelas ruas das cidades em que viajamos. Mas aquela rua especial onde caímos e tropeçamos mas fomos tão felizes.

Percebe?

So o que nos faz sentir verdadeiros não é levado

Permanece

O resto, é o resto e o vento leva

O tempo leva

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Eu e as Tarefas Domésticas

A distribuição desigual das tarefas domésticas é um problema enfrentado por muitas mulheres em diferentes partes do mundo. Comigo não deixa de ser diferente. Historicamente, as responsabilidades relacionadas ao trabalho doméstico, como cuidar da casa, cozinhar, limpar e cuidar dos filhos, têm sido atribuídas principalmente às mulheres. Isso resulta em uma sobrecarga significativa de tarefas para todas, o que pode ter várias consequências negativas.

Essa sobrecarga de tarefas domésticas pode levar à exaustão física e emocional de todas nós. Frequentemente precisamos conciliar essas tarefas com as responsabilidades profissionais e outras atividades, o que pode causar estresse e dificuldades em equilibrar todos os aspetos de nossas vidas. Além disso, a sobrecarga de trabalho doméstico pode limitar as oportunidades de educação, carreira e participação em outras áreas da vida pública para as mulheres. Quantas de nós temos trabalhos mais precários para podermos estar mais perto dos nossos filhos e os podermos acompanhar no dia a dia. Esquecemo-nos de nós para o bem deles e da “família”.

É importante ressaltar que essa sobrecarga não é justa nem equitativa. As tarefas domésticas devem ser compartilhadas de forma igualitária entre todos os membros da família, independentemente do gênero. A divisão desigual das tarefas é uma manifestação de desigualdade de gênero e contribui para a perpetuação de estereótipos e papéis tradicionais que limitam o progresso das mulheres. Temos de ensinar que todos temos o dever e a capacidade de fazer tudo numa casa, como já dizia a minha mãezinha ” todo o trabalho é honra”.

Felizmente, há um movimento crescente de conscientização e mudança em relação a essa questão. Muitas organizações e ativistas estão a trabalhar para promover a igualdade de gênero e incentivar a divisão equitativa das tarefas domésticas. Além disso, é essencial educar as gerações mais jovens sobre a importância de compartilhar as responsabilidades domésticas de maneira justa. Em casa os meus filhos apesar de ser um rapaz e uma rapariga fazem as tarefas cada um devido ás idades e não ao seu género.

A igualdade de gênero não é apenas um objetivo importante em si mesmo, mas também traz benefícios para a sociedade como um todo. Quando as tarefas domésticas são equitativamente distribuídas, as mulheres têm mais oportunidades de participar ativamente na vida profissional, política e social, contribuindo para o progresso e o bem-estar geral da sociedade. Ficarmos retidas dentro de casa ou nas “tarefas familiares” não nos deixa crescer e mostrar o nosso verdadeiro valor.

Afinal de contas antes se sermos mães de família já eramos mulheres e por vezes vamos nos esquecendo… de o sermos.!

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