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A vida testa-nos…todos os dias

A vida testa-nos diariamente e ela ensina-nos que não é possível vivermos em verdade connosco mesmos, sem desiludir os outros.

É difícil sermos verdadeiros na nossa essência , por inteiro, completos, sem que em determinada altura isso não vá afetar/magoar alguém. Por consequência se tivermos focados em não magoar os outros, apenas em agradar, não conseguimos ser nós mesmos, verdadeiros, reais.

Ao longo do tempo, o crescer e amadurecer dá-nos a capacidade de conseguirmos ter mais responsabilidade afetiva pelo outro, e quanto mais evoluímos nesse sentido, mais  justos e diretos aprendemos a ser, quer com o outro quer connosco mesmos.

Portanto dar, corresponder, gostar, trabalhar por ou amar, tem de ser acima de tudo um ato de liberdade.

Por esse motivo é que na amizade e no amor, não há espaço à cobrança. A partir do momento em que se cobra o afeto do outro, este não é livre. E se não é livre, não é verdadeiro, não é genuíno.

No mundo adulto dos afetos,  das emoções, tanto na amizade como no amor, por mais injusto ou frio e duro que possa parecer…ninguém nos deve nada

Todos nós precisamos aprender que cada um de nós só dá de si, que apenas é responsável por si mesmo, e quando fazemos isto percebemos que  cada um precisa aceitar que ou outro apenas dá aquilo que sabe, aquilo que pode, aquilo que consegue.

Mesmo que isso seja muito pouco e  sintamos que não nos chega… é o possível do outro

E tal como precisamos de aceitar isso, temos também o poder de decidir o que fazer com isso, quem queremos ou não ter na nossa vida e em que medida nos faz sentido relacionarmo-nos com os outros.

Quem deixamos entrar, quem queremos nutrir ou quem optamos por desinvestir. O outro é livre de nos amar ou não. E nós somos livres de escolher como recebemos isso.

O lugar da cobrança é um lugar em que recuamos à nossa criança interior e em que achamos que os outros são responsáveis pelos nossos sentimentos, no entanto, o nosso adulto sabe que somos os únicos responsáveis pelo que sentimos dentro de nós.

Seja de desilusão, de mágoa, de dor. É uma moralização daquilo que não pode ser moralizado, porque no espaço em que duas pessoas se relacionam, são os sentimentos genuínos que prevalecem. Não são as regras ou as expectativas de conduta.

Portanto, voltando ao início, não é possível sermos honestos e verdadeiros sem desiludir alguém.  

A única forma de garantir que nunca desiludimos os outros é estarmos constantemente a desiludir-nos a nós próprios e a trairmos quem somos.

E esse é um fardo demasiado pesado e penoso de carregar.

E tu carregas o fardo ou és verdadeira contigo mesma????

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